Energia solar no meio rural: Cemacon instala sistema fotovoltaico em propriedade de Horizontina
O uso de energias renováveis tem se disseminado cada vez mais. E não é mais só em áreas urbanas: hoje essa a energia solar é uma alternativa no meio rural, principalmente em função da redução da conta de energia elétrica. Foi por isso que a família Rex, de Horizontina, decidiu investir na energia fotovoltaica. A propriedade precisa de energia para manter a produção de folheosas em dois hectares e também para o consumo na residência da família. Recentemente, a Cemacon instalou 80 placas fotovoltaicas para a captação de energia solar.
Para o agricultor Gilmar Rex, a opção pela energia fotovoltaica tem vários motivos, o principal deles, reduzir os custos com o consumo de energia:
– A primeira ideia foi essa. E também para colaborar com o meio ambiente e escapar dos aumentos. O valor que pagaríamos para a concessionária de energia investimos na nossa propriedade – conta.
Energia solar no meio rural: Cemacon instala sistema fotovoltaico em propriedade de Horizontina
Para implantar o sistema, é preciso fazer um dimensionamento, de acordo com a necessidade de cada propriedade. Neimar Fredi, da Emater, afirma que é importante que o agricultor procure conhecer a tecnologia da energia solar no meio rural, saiba como funciona e quais suas vantagens, para depois procurar um técnico que faça um projeto baseado no consumo mensal de energia da propriedade.
– Vamos pegar as contas de energia do último ano e, em cima disso, será feita uma média de consumo mensal de energia. A partir disso se faz um estudo para saber qual é o número de placas necessário para atender aquela demanda – explica.
No Brasil, é permitido produzir e injetar energia nas redes de forma compensatória. Isso significa que, em meses em que a produção é maior, o excedente será depositado em um banco de energia para ser usado em momentos em que a produção de energia é menor em relação ao consumo. Funciona assim: o cliente gera uma quantidade de energia e consome outra quantidade. A partir disso, é feito um cálculo de compensação. Se houve mais geração do que o consumo de energia, a energia excedente pode ser consumida em até cinco anos.
Além disso, o produtor pode acompanhar a geração de energia pela tela do computador. Pode saber, por exemplo, a quantidade de energia gerada em determinado horário em um dia de sol, ou em um dia nublado.
Energia solar no meio rural
Algumas linhas de crédito podem facilitar o acesso à energia fotovoltaica no campo, como o Pronaf Eco, que dá prazo de até 10 anos para que se efetue o pagamento e com juros pequenos.
Na família Rex, é estimado que se produza em torno de 32 mil kilowatts de energia por ano. O investimento deverá se pagar em até 9 anos.
É um tempo um pouco longo, mas credito que se compensa e é satisfatório – opina o agricultor.
Confira o vídeo com a reportagem que foi exibida no Jornal da Emater:
* O texto contém informações que foram retiradas da reportagem